quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O conflito árabe -israelense e a questão da Palestina





UMA BREVE ANÁLISE DO CONFLITO ÁRABE-ISRAELENSES E A QUESTÃO DA PALESTINA
Por Gilberto Guedes da Silva Junior

A questão da Palestina vai bem além da compreensão geográfica e política que o assunto envolve. Sua raiz está no próprio berço da humanidade!
                Na Bíblia (Torá – Velho Testamento), o patriarca do povo hebreu, Abraão (Deus fala para Abraão ir para a terra de Canaã – atual Palestina) teve dois filhos, um com a sua serva Agar, chamado Ismael e outro com sua esposa Sara, chamado Isaque (Nesse período da história hebraica admitia-se a poligamia). Segundo os escritos bíblicos presentes no gênesis, Isaque e Ismael foram separados ainda crianças. Após a morte de Abraão, Isaque continuou sua prole para formar a civilização hebraica (Judeus). Ismael foi para o deserto, e lá nos Oásis da Arábia formou a civilização árabe.
                Porém, existem dois momentos históricos em que esses povos passam por reveses que implicam nas questões presentes. O primeiro desses momentos foi quando os Judeus foram expulsos da Palestina pelos romanos por volta de 70 d.C. e 140 d.C., provocando a dispersão dos hebreus pelo mundo (Diáspora Judaica). Outro momento foi quando Maomé comerciante coraixita da região de Meca, influenciado pelo cristianismo e pelo judaísmo promoveu uma reforma religiosa de caráter monoteísta. Além de Meca, centro religioso do mundo islâmico, Jerusalém seria a região onde Maomé teve uma visão do anjo Gabriel para escrever o Alcorão (Livro Sagrado dos muçulmanos), no Monte Moriá, local onde provavelmente Abraão foi impedido de sacrificar seu filho Isaque e que Salomão por volta do ano 900 a.C., construiu um Templo para abrigar a Arca da Aliança, templo este que foi destruído duas vezes, pelos babilônios, no século IV a.C., e pelos romanos no século I d.C.. Portanto, é isso mesmo que você está pensando! A questão é também religiosa antes de ser política e geográfica. Após a diáspora judaica povos provenientes da Arábia (Árabes) foram se fixando na região, tendo Jerusalém como local sagrado também para os seguidores do Islamismo. Sagrado, ao ponto de construírem uma mesquita sobre as antigas ruínas do Templo de Salomão.
                 Os conflitos atuais na região da Palestina tem sua origem a partir do ano de 1948 quando a ONU, determinada em criar um Estado Judeu para judeus que haviam sofrido tantas perseguições, inclusive durante a Segunda Guerra com o holocausto, onde seis milhões de Judeus fora sumariamente exterminados nos Campos de Concentrações, buscaram defender a criação de um Estado Judeu (sionismo) e um estado Palestino na região do Oriente Médio. O presidente da ONU naquele momento era Osvaldo Aranha, que através do voto de minerva, deu o aval para criação de um Estado Judeu na Palestina. Pronto! Esta aí a causa de todo conflito Árabe-Israelense.
                Em menos de 60 anos os Israelenses formaram um grande exército para defender aquilo que eles alegam ser de direito, cujo registro estaria no Torá. Com a oposição dos países Árabes em relação à presença de um Estado Judaico, Israel ampliou seus territórios durante as Guerras contra o Egito em 1956, contra a Liga Árabe em 1967 (Conhecida como Guerra dos Seis Dias) e na a Guerra do Yom Kippur em 1973. Os israelenses não só impediram a formação de um território Palestino, como limitaram sua região a 15% do território que inicialmente era definido pela ONU (Por volta de 43% do território para os palestinos).
                Sendo assim, existem três coisas que devemos saber sobre a questão da Palestina; os israelenses agem de forma desproporcional para defender o seu território; a questão vai além do campo político e permeia o fanatismo religioso (Dos dois lados); e briga de família só se resolve com entendimento entre eles, independente da opinião dos estranhos.