quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Departamento do Meio Ambiente








Estive lá. Rua Seime Sadano, 1193.

Agendei um horário com o diretor do departamento e fui recebida com pontualidade em uma salinha pequena, com uma mesa, um armário e um ventilador de teto (ufaaaa) que mal dava conta de movimentar os cabelos.

E aí conversamos.

Lucas Costa da Silva , filho da Edilene e Ailton, falou de si com satisfação pelos avós maternos que muitos de nós conhecemos, já que sua avó, a Dona Arminda Assunção, foi servente da escola Ebe Aurora por muitos anos. O seu avô Ciro (Aldecir) Costa foi operador de máquina da prefeitura. Além dos avós paternos Sr. Cido e Dona Alcinda que muitos vão se lembrar quando a gente fala da funerária em frente a Casa de Saúde.

O Departamento foi criado em 2013 por obrigatoriedade de uma Lei Complementar. Lucas formado em Engenharia Ambiental pela FAE foi convidado a assumir a pasta mesmo que isso tenha custado a saída de sua mãe da Diretoria da Cultura para que não houvesse impedimento legal. Trabalha com ele o Julio, funcionário braçal da Prefeitura, e também o estagiário Guilherme.

Esse departamento tem boas ligações com outros como Obras, Educação, Fiscalização e Jurídico, por exemplo, pois é um trabalho onde um depende do outro para a eficácia da ação.

Lucas disse que o Prefeito Municipal está na maioria das vezes questionando, trocando ideias e sugerindo atitudes do departamento. Ele relata que não há imposições por parte do Chicão para o desenvolvimento desta ou daquela ação.

Poda das árvores
Quando questionei sobre as podas, ele me explicou que quando solicitada pelo munícipe, passa por uma vistoria para verificar a real necessidade supressão da árvores e só daí os podadores autônomos (previamente cadastrados) entram em ação. Quanto a tão questionada árvore do CEMPIS, a justificativa é que o Governo do Estado vai utilizar o prédio para construir uma Creche que atenderá a todos que frequentam hoje a Creche Profª Antonia Girotto Terenci, já que esta tem sérios problemas estruturais e os engenheiros que analisaram o prédio não encontraram outra alternativa que não a eliminação da árvore em questão. Há obrigatoriedade legal de que a cada árvore cortada uma outra deva ser plantada e nosso município tem reposto mais que isso, embora ele também lamenta a  idade e o afeto que a árvore implantou em cada aluno que passou por todas as escolas que já conviveram aquele espaço.

Perguntei da arborização de nossa cidade que parece pequena, Lucas explicou que na área urbana estamos com o mínimo desejável e na área rural não há poder municipal para fiscalização que fica a cargo da Policia Ambiental de Castilho. Eu inclusive comentei sobre as áreas de preservação permanentes (APPs) que a legislação diminuiu o recuo.  Ele concorda que é pequena, mas as usinas são obrigadas a repor essa retirada embora a façam em outro estado em que não haja produção canavieira ou que ela seja menor.

Os projetos de coleta são todos organizados em parcerias, cooperativas ou doações: pneumáticos, lixo eletrônico, buchas, reciclável, agrotóxicos, medicamentos hospitalar e até a poda.

Quanto ao lixo, a empresa Monte Azul realiza a coleta, pois ganhou a licitação. Quando perguntei se é verdade o que estão dizendo pelo Facebook que a empresa é do Carlos José, ele argumentou desconhecer a informação. A licitação, ou  pregão, é feita conforme a legislação com o acompanhamento dos procuradores jurídicos da Prefeitura e ao departamento só cabe verificar que sejam atendidos todos os requisitos colocados lá, não importando de quem seja.

O plano municipal de saneamento básico  está sendo bastante questionado, e não perguntei sobre isso, já que quando da realização do Forum expos o seu ponto de vista .

Água....água...teremos problemas???? Não. O que tem que ser feito e já está em vias de licitação é o projeto de desassoreamento da lagoa que foi elaborado pelo SAAEM.Obviamente há que se ressaltar que o uso sustentável da água deve ser mantido em equilíbrio pelos mirandopolenses, já que a escassez é um problema da humanidade.

Eu quis saber o que é ser município Verde /Azul. Ele me explicou direitinho, inclusive vi que a nota do município de 8,6 caiu agora para 7,4. Ainda permanece no nível Bom já que 5 ou menos é inadequado. Aí você diz: e daí? Bem, é questão de atender a 10 diretrizes que norteiam o bem do meio ambiente.

Lixo nas ruas
Kimie e Nivaldo....falei pra ele dos lixos jogados perto da água canalizada na estrada de Pacaembu (por onde vocês passam sempre) e perto do pontilhão do Amandaba. Sugeri a colocação de caçamba pra atender a população e ele me explicou que é o inverso. As caçambas estão sendo retiradas porque estão favorecendo a existência de um verdadeiro lixão onde não deviam estar. Daí falei pra ele da alternância de coleta, Lucas me disse que isso vai ser estudado, como prometido nos encontros de formulação do Plano, mas há necessidade da conscientização da população para a colocação do lixo nas datas mesmo que alternadas e não buscando a solução de eliminar o lixo por conta própria nos terrenos alheios ou nas estradas publicas.

Departamento relativamente novo..... preocupação com meio ambiente muito em voga e sob vigilância pelos problemas enfrentados pelo mundo inteiro, cobrança da população, mídia e exposição pelas redes sociais. Lucas se mostra confiante no seu trabalho e tem enfrentado todos os problemas com relativa ponderação. Eu acredito que o tempo vai ser um sujeito favorecedor do seu trabalho. Concordo com ele quando diz que não há necessidade de divulgação daquilo que o departamento faz porque tudo é obrigação do fazer imposto pela profissão, nada mais.

Vamos acompanhar. Nós, educadores, temos muito a contribuir com esse departamento